segunda-feira, 7 de junho de 2010

"Escolas Conectadas" (?)

"Quem mexe com internet/Fica bom em quase tudo/Quem tem computador/Nem precisa de estudo..." (Pato Fu, na música "Estudar Pra Quê?")

Até que ponto a internet nas escolas tem caráter educacional? Os alunos apenas utilizam a

ferramenta global para pesquisas e trabalhos solicitados pelos professores? Os professores são capacitados para auxiliar seus alunos no aprendizado digital?

De acordo com a matéria "Escolas conectadas", publicada no último dia 27 pelo jornal Tribuna da Bahia, no Brasil apenas 56% das unidades de ensino tem acesso à rede, sendo que a Bahia oferece internet para mais de 80% dos colégios estaduais, com promessa de conexão para todos os colégios até o final de 2010. O resto do país tem internet em apenas metade de suas escolas. Outro dado importante é que só 10% das bibliotecas brasileiras fornecem acesso à internet aos visitantes.

A assessoria de imprensa de Secretaria de Educação do Estado (SEC) declarou que a rede estadual receberá 495 laboratórios do Programa Nacional de Informática na Educação (Proinfo). Quase 10 mil computadores distribuídos na rede de ensino. Para garantir a conservação dos equipamentos, o Governo oferece capacitação aos professores, através do Instituto Anísio Teixeira.

Maria Helena Silveira Bonilla, em seu artigo Inclusão Digital nas Escolas, verifica que “as próprias escolas públicas enfrentam grandes dificuldades de ordem estrutural, pedagógica e tecnológica”. Poucos alunos têm acesso aos computadores em suas escolas e mais reduzido ainda é o número de professores que propõem atividades de aprendizagem articuladas diretamente com as Tecnologias da Informação e Comunicação - TIC. E ainda, "um professor 'excluído' digitalmente não terá a mínima condição de articular e argumentar no mundo virtual, e, por conseguinte, suas práticas não contemplarão as dinâmicas do ciberespaço".

Pesquisas confirmam que com o uso da internet os alunos compreendem melhor o assunto abordado. São postos em segundo plano os cadernos e o velho quadro. Bastam apenas alguns segundos até que todos estejam informados sobre os acontecimentos do mundo inteiro. Aí, a grande diferença é que aprender se torna atrativo. Os alunos, além de terem contato com a tecnologia, se preparam para as demandas atuais da sociedade. Nesse sentido, a inclusão digital tem sido um ganho significativo para a arte de educar.

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