segunda-feira, 31 de maio de 2010

Inclusão Digital, Inclusão Cultural

Através de mecanismos tecnológicos a possível visitação virtual a um museu foi uma curiosa iniciativa promovida pela ERA Virual - Exposições Virtuais de Museus Brasileiros.
Aplicativos em 3D possibilitam a visão minuciosa dos acervos culturais da história de nosso país.
A imagem vista na tela de seu computador é a de como um observador real com uma visão de 360º graus de qualquer ponto do prédio do museu. Em muitos casos é possível girar o objeto para vê-lo de todos os ângulos. Durante o passeio, o internauta é conduzido pela voz de um guia - turístico, que transmite informações do lugar. Existem outros esclarecimentos a respeito de como navegar no site.

O projeto tem como objetivos:

* Difundir acervos únicos presentes nos museus participantes e ampliar o alcance sócio-cultural-turístico de cada um destes museus e exposições;

* Democratizar o acesso a informação ao possibilitar que as exposições virtuais sejam acessadas por qualquer computador por meio de endereço da web de acesso público e gratuito;

* Criar produto cultural de qualidade que pode ser adotado como material didático para utilização online gratuita em escolas e instituições culturais, assim como material de pesquisa e estudo nas áreas de museologia e museografia, conservação e segurança de acervos.


O fato é que muito se restringiu passeios culturais à falta de acessibilidade ou à precária divulgação de certos eventos. Nós brasileiros não somos acostumados a visitar um teatro ou uma exposição motivados por um apreço cultural. Agora, essas novas tecnologias têm aberto portas para um crescimento culto jamais programado. A possibilidade de visitar um museu em Goiás ou em Santa Catarina sem nunca ter conhecido a tal cidade que comporta o referido lugar é de tirar o fôlego. Resta saber se os impasses de um crescimento culto de nossa sociedade
ainda prevalecerá diante de iniciativas como essas.

domingo, 30 de maio de 2010

Eleições, Novas Mídias e Inclusão Digital

Estamos vivendo uma época de transições e desafios, muitos deles impostos pela tecnologia e os novos meios de comunicação. O que promete marcar esse evento social de forma intensa é o uso das novas plataformas eletrônicas nas campanhas eleitorais deste ano no Brasil. Há algum tempo vem surgindo debates e hipóteses acerca do impacto do uso do twitter e de blogs para campanhas eleitorais na sociedade brasileira. O uso ético, o contato mais direto com o eleitor, o grande alcance desses meios, o acesso a eleitores jovens tem sido temas constantes nesses debates, e, dentro dessa miscelânia, se destaca a relação entre a inclusão digital e esse momento social. Encontrei uma reportagem interessante do Diário de Pernambuco, escrita por Lydia Barros, que expõe a opinião do fundador da primeira ONG de combate a exclusão digital na América Latina, o cientista social carioca Rodrigo Baggio.
Veja a reportagem em: Diário de Pernambuco.

Microsoft Apoia Inclusão no Rio

Na terça-feira passada, o governo do Rio de Janeiro e o chefe de operações globais da Microsoft, Kevin Turner, assinaram um memorando de intenções para a inclusão digital no estado. A empresa fornecerá treinamento para monitores, softwares e serviços de internet para ONGs do Estado do Rio. Na primeira fase, o projeto pretende beneficiar 600 famílias e 600 mil alunos de escolas públicas, em lugares como o Morro do Alemão e Manguinhos.
Apesar da Microsoft não revelar a quantia que será destinada a primeira etapa do projeto nem a data do início da implantação, ela comunica que, além de fornecer toda a tecnologia e conteúdo necessários para a capacitação de estudantes e funcionários, também irá oferecer curso de inglês básico pela web aos participantes. O governo será responsável por toda infraestrutura que será utilizada no projeto.


Fonte: TI INSIDE.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

A Inclusão de Jornalistas na WEB


Esta semana está sendo realizado o curso Novas Tecnologias Aplicadas à Comunicação na FTC, com aulas ministradas pelo professor Alberto Oliveira. Um curso voltado para profissionais da área, promovido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Bahia (Sinjorba).
A discussão que traremos ao blog é o fato de estar cada vez mais evidente o deslocamento da comunicação de mídias de rádio, tv, jornais e revistas para redes interativas da Web.
Não vamos ser apocalípticos e afirmar que, com a abrangência proporcionada pela internet, ocorrerá a morte desses meios. Isso não é verdade.
Esses meios têm se adaptado a uma nova linguagem, e alcançado um outro tipo de esfera. Muitas vezes, é com base em informações da internet que programações são feitas no rádio e na televisão. Ou, podemos destacar o fato de que com o estilo de vida cada vez mais corrido, as pessoas não tem esperado até determinado horário para ligar a TV e se interar das notícias do dia. Aliás, os espectadores já têm alguma carga de informação a respeito das notícias que são dadas.
Houve tentativas de criar jornais, ou, pelo menos, de difundir informação jornalística, através do videotexto, do teletexto, do audiotexto, do jornal por fax e do jornal em CD-ROM. Contudo, a internet abre espaço para uma maior interatividade jamais vista.
Sendo assim, para os jornalistas surge a necessidade de descobrir as características da linguagem do novo meio e de adaptação do discurso jornalístico a essa nova realidade.
Cada vez mais, os jornalistas precisam se interar e dominar produções para a web (formatação de texto, estrutura do texto, o título na web, o uso de imagens, a utilização de multimídias, interatividade, como filmar para a web, como criar e divulgar podcast) e utilizar ferramentas que enriqueçam seu trabalho na rede (como usar programas de edição de vídeo, Photoshop, os principais comandos de HTML, sistemas gratuitos na web - incluindo clipagem-), enfim.
Isso mais uma vez colocará em questão o fato do diploma de jornalistas. A comentada questão de qualidade e credibilidade de informação. Mas por hora, não entraremos nessa abordagem.


Mais informações sobre o curso no site do Sinjorba (aqui e aqui)

quarta-feira, 26 de maio de 2010

A realidade da Web no Brasil

Em 2004, o Ibobe apontou o brasileiro como o povo que pagava mais caro para ter um computador. Uma pesquisa realizada em 2008 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que no Brasil há 56 milhões de usuários da internet e, este ano, Presenciamos pela primeira vez, em três anos, mais brasileiros acessando a internet em casa do que em lan houses. Isso foi o que conclui a 5ª edição da TIC Domicílios (Pesquisa Sobre Uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação no Brasil), do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), divulgada em abril deste ano.
Em 2005, após a análise de 14 projetos implantados em Salvador, Leonardo Costa e André Lemos constataram a predominância do conceito de inclusão a partir apenas da dimensão tecnológica, "não colocando em valor os capitais intelectual, social e cultural". "Estar inserido digitalmente hoje é condição fundamental para a existência de cidadãos plenos na interação com esse mundo da informação e da comunicação. Porém a maioria das pessoas vive numa realidade com um grande número de desigualdades e miséria, e a inclusão digital não pode perder isto de vista, buscando, ao menos, o desenvolvimento do indivíduo no binômio da inclusão digital e social". (Leonardo Costa, 2006)
No trecho acima estão implícitas as dificuldades de quem não tem acesso à internet. Inclusive para se conseguir empregos, porque hoje muitas vagas são divulgadas pela rede. Se a pessoa não está conectada, possivelmente perderá a oportunidade. Esta é, entretanto, a realidade para mais de 104 milhões de brasileiros que ainda não tem acesso a um computador, segundo o IBGE.
A exclusão econômica pode acarretar exclusão digital. No entanto, não podemos pôr em pauta apenas as dimensões tecnológicas e econômicas, visto que não basta o acesso às tecnologias e a conexão. A infoinclusão é um desafio que exige mudanças que vão além de saber digitar num teclado ou dominar um software de navegação na Internet. Nesse sentido, precisamos enxergar na educação (para o uso das tecnologias), na geração de conteúdo consciente, na mobilização da coletividade por espaços públicos para acesso à Internet, os caminhos para efetivar esse processo.

Veja mais aqui e aqui.

Internet nas empresas brasileiras


Em sua 5ª edição, a pesquisa TIC Empresas, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), revelou que atualmente 97% das companhias nacionais utilizam computadores, sendo que 93% conectados à rede. As máquinas estão em praticamente todas as empresas brasileiras. Mas, apenas 38% dos funcionários das organizações navegam na internet.

Em entrevista ao site ItWeb, Alexandre Barbosa, gerente do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br), ressaltou que "a baixa penetração da internet para os funcionários das companhias reflete funções nas quais a web não se faz necessária, como operações de chão de fábrica, por exemplo".

Cada vez mais presente

"Segundo o estudo do CGI.br, atualmente, 25% das companhias com computador disponibilizam o acesso remoto a sistemas corporativos. Na edição de 2008 da pesquisa, o percentual era de 21%. O crescimento de 4% nesse tipo de postura mostra-se cada vez mais presente entre as companhias consideradas de médio porte. A expansão entre as grandes, no mesmo período, foi de 4 pontos porcentuais e, entre as pequenas, 2 pontos porcentuais. Os segmentos fecharam 2009, respectivamente, com 62% e 20%, das empresas permitindo o acesso remoto".

Essa apropriação das "novas ferramentas" pelas empresas mostra que para o ingresso na Sociedade da Informação, cujo desafio atual é incluir as pessoas e organizações em redes, o profissional tem que adaptar-se às imposições das "tendências tecnológicas globais".


Fonte: ItWeb

Plano Nacional de Banda Larga Depende da Anatel para Sair

Ainda não foi decidido quais municípios serão beneficiados pelo Plano Nacional de Banda Larga (mais aqui) divulgado pelo governo no início deste mês. O plano tem por objetivo oferecer as classes C e D acesso à internet de alta velocidade à preços módicos.
O presidente da Telebrás, Rogério Santana, informou que a prioridade para o plano são os municípios onde as atuais prestadoras desse serviço não atingem certos graus de qualidade. Porém só se poderá dar início a escolha das localidades privilegiadas após a Agência Nacional de Telecomunicações) Anatel definir uma padronização de qualidade a ser seguida pelas prestadoras.
Foi divulgado também que as principais características do plano são: a)oferecer o serviço as cidades que não contam com internet de banda larga e b)minimizar os custos para aquelas regiões em que há o serviço, construindo uma estrutura alternativa para o acesso à internet de banda larga, a fim de suprir essas necessidades.

Fonte:Portal Inclusão Digital.gov

quinta-feira, 20 de maio de 2010

A tecnologia e a Internet como instrumentos de mobilização social


O "Ficha Limpa" foi aprovado ontem pelo Senado. O projeto, que impede a candidatura de pessoas que tiverem sido condenados por decisão colegiada (mais de um juiz), espera agora a assinatura do presidente Lula e, segundo a OAB, não há motivo para a lei, se aprovada, não valer já para as eleições deste ano, uma vez que não modifica o processo eleitoral brasileiro.

Aparentemente, essa notícia não está diretamente ligada ao processo de mobilização social. Parece mais uma dessas decisões tomadas pelas elites políticas e inúmeras empresas privadas, que desconsideram as visões e valores de pessoas no mundo. Mas não é. Dessa vez, o Brasil mostrou, ainda que através do ciberativismo, que sua postura ativista apenas estava adormecida. A campanha "Ficha Limpa" é uma iniciativa da Avaaz (“voz” em várias línguas asiáticas e européias), maior rede de mobilização online do mundo. Assim, presenciamos a ascensão de um modelo de democracia participativa, guiado pela sociedade civil através da Internet, que aliada à tecnologia permitiu que os cidadãos se conectassem e se mobilizassem.

Vale ressaltar que campanha passou por vários estágios, desde a mobilização inicial até a aprovação pelo Senado, e a população assinou todas as petições. Houve quem se posicionasse contra, a exemplo dos deputados baianos José Rocha (PR), Marcelo Guimarães Filho (PMDB), Maurício Trindade (PR) ,Veloso (PMDB).

Sem dúvida, esse acontecimento além de representar um importante passo na moralização política do nosso país, deixa clara a importância do uso consciente da Internet, bem como a primordialidade da inclusão digital como instrumento de inserção/inclusão social. Não cabendo tratar em linhas distintas os moviemntos de exclusão social e de exclusão digital.

Mais no site do Avaaz e no Diário Catarinense.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Resenha da aula 06/05/2010 – Fernando Firmino

Na visita anterior (dia 08/04), sob o tema “Jornalismo e Internet”, o professor Fernando Firmino trouxe o conceito de “nuvem de conteúdo” (formada pelas tecnologias 3G, Wi-Fi, Bluetooth...) e listou alguns dispositivos de operação (celulares, netbooks, câmeras, smartphones...), que propiciam a disseminação rápida de conteúdos e, com isso, possibilitam a socialização de conhecimento em rede. O compartilhamento foi apontado por ele como “uma das melhores coisas da Web”. Em relação ao acesso, ele ressaltou a importância da tão citada “inclusão”, pois, segundo ele, não adianta o domínio dos dispositivos sem que haja conexão.

No dia 06/05, completou o ciclo falando de “Jornalismo e Mobilidade”, uma modalidade que, embora antes experienciada, começou a ganhar força, segundo ele, em 2007, através da “popularização” (e as aspas são justificáveis, visto que um apequena parcela gozam destes recursos) de ferramentas como o ifone, as tecnologias 3G e, mais recentemente, 4G. Discutiu as potencialidades e implicações do jornalismo e mobilidade como categoria sob a perspectiva do jornalismo móvel e do jornalismo locativo.

A potencialização dos recursos, proporcionadas pelo jornalismo móvel, reconfigura a rotina jornalística, uma vez que é possível, com apenas um aplicativo, fazer toda a edição de uma reportagem: “As tecnologias móveis digitais em redes sem fio e as tecnologias baseadas em localização penetram cada vez mais no ambiente jornalístico e formatam novas práticas comunicacionais.” (Fernando Firmino)

Firmino discorreu sobre como as tecnologias foram introduzidas ao longo do tempo e, como as empresas montam a infraestrutura necessária para o desenvolvimento do trabalho. Nesse sentido, ponderou que boa parte dos profissionais da área apresenta resistência às novas formas do fazer jornalístico, alegando aumento do trabalho, ou exploração. Contudo, a mudança de perfil é inevitável, como sinalizou André Lemos: “A mobilidade é central na Comunicação”. É o futuro mais presente.

Acesse os blogs Jornalismo Móvel e Carnet de Notes, de Fernando Firmino e André Lemos, respectivamente.

Resenha da aula 04/05/2010 – Thiago Falcão

Na terça-feira (04/05), recebemos Thiago Falcão, aluno de doutorado da linha de cibercultura do Póscom da UFBA, que introduziu o conceito de “Mundos Virtuais”. Com foco nos aspectos interacionais e psicossociais, situou a questão entre as práticas centrais à Cibercultura, visto que cada vez mais pessoas saem do “off-line” para o contexto mediado. Cada vez mais pessoas se envolvem com os jogos eletrônicos. E essas experiências sustentadas por tecnologias digitais usam o mundo real como plataforma, originando os “Mundos Virtuais”.

Segundo Falcão, um mundo virtual é um ambiente simulado através de recursos computacionais destinado a ser habitado e a permitir a interacção dos seus usuários via avatares. Normalmente são criados ambientes imersivos, ou realidades virtuais paralelas. Como exemplos de mundos virtuais temos o Second Life e também os jogos de MMORPG (“Jogos Online Massivos para Múltiplos Jogadores”), como o World of Warcraft, um jogo on-line, de ação e aventura, que é o objeto de estudo de Thiago Falcão.

Ele descreveu como “mundos virtuais” os:

· Mundos de Texto: Literatura adaptada para o cinema. Consequências: aumento da quantidade de produtos enfocando um mesmo mundo. Ex.: Harry Potter, Star Wars, Senhor dos Aneis (ARDA), Matrix. Pode haver “transmídia” (quando histórias diferentes aludem a um mesmo “mundo imaginário”).

· Mundos de Fantasia Compartilhada: apropriação da obra pelo apreciador, que, por vezes, remete às relações de autoria, pois os fãs de determinadas narrativas de apropriam das mesmas. Ex: Os RPGs (que borram as relações autorais).

· Mundos de Código: socialmente orientado, sem regras muito explícitas. Voltado para a convivência entre pares. Ex: Second Life, MMORPG.

Nesse contexto, Falcão problematizou o debate através dos seguintes conceitos:

a) Persistência: o estado de seus objetos se preservam independente da presença do usuário.

b) Imersão: experiência ao acessar. Ex: envolvimento com um filme.

c) Agência (“livre arbítrio”): o caminho escolhido pelo jogador. Ex: poder sobre uma personagem, a partir, claro, de caminhos pré-moldados.

d) Presença (contém os conceitos de “Imersão” e de “Agência”): é o que o sistema oferece ao usuário, um mundo habitável. Ex: a possibilidade de fazer amigos dentro do jogo, fazer parte de uma organização, pois lida com pessoas.

Esse último ponto, sobre a sensação de ter amigos, remete à questão psicológica, que deve ser debatida. A natureza dos jogos deixa as pessoas totalmente envolvidas na ação de seus personagens. Pela interação com outros jogadores podemos notar o envolvimento até mesmo emocional entre as pessoas que jogam, laços de amizade e de amor entre os personagens que podem ser recriados na vida real. Um exemplo que ilustra o tráfego dos usuários por essa realidade é a naturalização de termos que antes eram utilizados apenas dentro do jogo, através de acrônimos. Ex: LOL (Laughing out loud) - "rindo muito", AFK (Away from keyboard) - "não estou aqui".

Pensando sobre as modificações das relações comunicacionais promovidas por estes jogos, fica um questinamento lançado pelo professor e pesquisador Luiz Adolfo de Andrade: “que avanços estes jogos podem trazer para o campo da comunicação social e como este tipo de game design pode interferir no mundo real, reconfigurando nossa vida cotidiana”?

Leia mais no blog Realidade Sintética.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Estatal com pendências judiciais será gestora do PNBL

O Governo reabilitou a Telebrás, através da integração a seu patrimônio da empresa Eletronet, subsidiária da Eletrobrás e das redes e demais infraestruturas de fibras óticas da Petrobrás, deixando sob sua responsabilidade o Plano Nacional de Banda Larga.

A reativação da estatal, além de gerar polêmica entre executivos do setor de telefonia, para os quais as empresas privadas têm condições de liderar o Plano Nacional (e a competição em bases desiguais de uma estatal poderia desestimular investimentos pela indústria), ainda foi alvo de duras críticas pelo fato da companhia apresentar pendências judiciais. A ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, acredita que a pendência judicial que ronda o Plano Nacional de Banda Larga, - relacionada às fibras ópticas apagadas da Eletrobrás, que se encontravam em poder da Eletronet - será resolvida após o processo de falência da Eletronet. Segundo a ministra, o Governo possui liminar favorável à romatada desses ativos em poder da Eletronet, razão pela qual, explica Erenice Guerra, não foram vistos motivos para não deixar de inserir todas as fibras que foram devolvidas à Eletrobrás por decisão judicial.

Atualmente apenas 21% dos domicílios, ou 5,3 a cada 100 brasileiros, possuem acesso ao serviço de banda larga. "O desenvolvimento brasileiro só será efetivo com a inclusão digital. A inclusão digital deve ser programada como um projeto de inclusão social", afirmou a ministra.

Neste ano, a rede terá extesão de 11, 3 mil quilômetros, utilizando os chamados anéis do Sudeste e Nordeste. Até 2014, a rede chegará a 30 mil quilômetros. Essas regiões serão priorizadas por já contarem com anéis de fibra ótica necessários para a implemetação da banda larga. Entre os primeiros contemplados estão: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Brasília. Seguidos pelo litoral da Bahia até o Tocantins e por Ceará, Sergipe, Pernambuco. Roraima ficou de fora porque não possui rede de fibras óticas. No entanto, o Governo afirma que vai incluir o estado no PNBL.

Plano visa triplicar acesso à Banda Larga no Brasil

Nesta quarta feira o governo divulgou o Plano Nacional de Banda Larga que visa principalmente o acesso a internet de banda larga às classes C e D. Com preços populares e gerenciado pela Telebrás, o plano tem como objetivo ampliar de 12 milhões de usuários de banda larga nos dias atuais para 39 milhões em 2012.
Cezar Alvarez, coordenador do projeto, afirma que ainda este ano pelo menos cem municípios serão privilegiados pelo plano. A reativação da Telebrás faz parte do plano para gerenciar o serviço que, segundo o Governo, não terá tarifa acima de R$35 e que pretende também ter quase o dobro da velocidade de banda larga dos serviços atuais.