O "Ficha Limpa" foi aprovado ontem pelo Senado. O projeto, que impede a candidatura de pessoas que tiverem sido condenados por decisão colegiada (mais de um juiz), espera agora a assinatura do presidente Lula e, segundo a OAB, não há motivo para a lei, se aprovada, não valer já para as eleições deste ano, uma vez que não modifica o processo eleitoral brasileiro.
Aparentemente, essa notícia não está diretamente ligada ao processo de mobilização social. Parece mais uma dessas decisões tomadas pelas elites políticas e inúmeras empresas privadas, que desconsideram as visões e valores de pessoas no mundo. Mas não é. Dessa vez, o Brasil mostrou, ainda que através do ciberativismo, que sua postura ativista apenas estava adormecida. A campanha "Ficha Limpa" é uma iniciativa da Avaaz (“voz” em várias línguas asiáticas e européias), maior rede de mobilização online do mundo. Assim, presenciamos a ascensão de um modelo de democracia participativa, guiado pela sociedade civil através da Internet, que aliada à tecnologia permitiu que os cidadãos se conectassem e se mobilizassem.
Vale ressaltar que campanha passou por vários estágios, desde a mobilização inicial até a aprovação pelo Senado, e a população assinou todas as petições. Houve quem se posicionasse contra, a exemplo dos deputados baianos José Rocha (PR), Marcelo Guimarães Filho (PMDB), Maurício Trindade (PR) ,Veloso (PMDB).
Sem dúvida, esse acontecimento além de representar um importante passo na moralização política do nosso país, deixa clara a importância do uso consciente da Internet, bem como a primordialidade da inclusão digital como instrumento de inserção/inclusão social. Não cabendo tratar em linhas distintas os moviemntos de exclusão social e de exclusão digital.
Mais no site do Avaaz e no Diário Catarinense.
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