segunda-feira, 21 de junho de 2010

Resenha da aula 15/06/10

Como sempre, a abertura da aula foi pautada nos comentários dos blogs elaborados para a disciplina. Em seguida, foi aberta a discussão sobre a atual condição humana, que tem como características principais o hibridismo e a "naturalização da utilização dos métodos artificiais pelo homem". Como exemplo inicial, o professor André Lemos citou o post (deste blog) sobre o mouse ocular , que possibilita a inclusão não apenas digital, mas também social de portadores de diversos tipos de limitação física. Sendo o mouse ocular uma tecnologia que para ter aplicação é preciso a união do corpo humano com esse aparato técnico (em uma forma de hibridização), foram expostas várias questões sobre essa condição do homem. Algo que aparentemente parece inovador e futurista, mas que, ao ser contextualizado e aprofundado, é percebido que existe desde o início da humanidade, como ressalta André Lemos em seu artigo "Cidade-ciborgue. A cidade na Cibercultura" (2001): “O processo de “ciborguização” (Lemos, 1999, Gray, 1995) contemporâneo do corpo, do imaginário e das cidades nada mais é do que um prolongamento dessa condição humana presente desde as primeiras cidades (Mumford, 1998; Blanquart, 1997)”.

Qual o limite da Humanidade?

Um misto de ser orgânico, o humano que interage, depende e se mistura com toda a tecnologia existente para viver. E quando se fala de tecnologia estamos nos referindo a todos os artifícios criados pelo homem para facilitar sua vida desde o início dos tempos. Surge, então, a questão principal: qual o limite da Humanidade? Até que ponto o homem é humano ao se utilizar de próteses e todo esse aparato técnico para vencer seus obstáculos? Em algum momento dessa odisséia ele deixa ou deixará de ser humano? Ele se torna menos humano e mais máquina por essas utilizações? Ao se exemplificar e contextualizar exemplos do cyborg, replicante e etc., veremos que a resposta para essas perguntas é negativa. É o que mostra outro trecho do artigo citado acima: “O artificial é assim profundamente humano. A cidade é produto da humanidade artificializante atingindo seu ápice na cidadeciborgue contemporânea. É nessa perspectiva que deveremos pensar a “cyborguização” da cultura contemporânea já que o presente e o devir da humanidade é um “devir- ciborgue” . A cidade como artefato técnico e desde sempre híbrido não está fora desse processo. O que queremos mostrar aqui é a extensão cada vez maior das tecnologias digitais de comunicação e informação na vida das cidades”.

"Computador não tem memória"

Como podemos observar, o homem ao driblar suas dificuldades e se tornar um híbrido de homem e máquina, objeto ou qualquer outra tecnologia artificial não passa a ser menos humano, ao contrário, talvez isso até o torne mais humano, já que o que o cerca: a tecnologia (e o que se torna híbrido com ele), é que o ajuda a evoluir intelectualmente, por exemplo. São meios que se tornam facilitadores da obtenção de conhecimento, meios que o tornam mais capaz de utilizar e aproveitar todas as suas faculdades. Ou seja, sua hibridização acaba tendo por resultado um maior acesso as experiências humanas. Além de tudo, a diferença clara entre o homem e a tecnologia que se conecta com ele ainda é o fato de que apenas ele é capaz de produzir conhecimento, a máquina, o objeto que se mistura com ele não teria a mesma capacidade sozinha. "Computador não tem memória, portanto, não pensa" (André Lemos).

"Uma Nova Imaginação"

Para concluir a aula foi discutido o texto de Flusser “Uma nova imaginação”, que trata de remontar a história dos signos e fechar a segunda parte ("Códigos") do livro "O Mundo Codificado", mostrando um novo modo de criação e decodificação de imagens, uma natureza admensional. O texto começa falando da capacidade do homem de criar imagens para si e para os outros, sendo a reflexão sobre essa capacidade chamada de "imaginação". A imaginação, segundo Flusser, é o gesto com o qual o homem se posiciona em seu ambiente.

Ele aponta, então, dois gestos (ou "faculdades imaginativas") responsáveis pela criação das imagens. O primeiro gesto é do recuo do mundo objetivo e aproximação da subjetividade, para então as imagens surgirem como quadros orientadores de ações futuras. O segundo gesto relaciona-se fundamentalmente com a memória (suporte), pois se trata da necessidade de tal para armazenamento de dados que serão decifrados no futuro por outros. Mais adiante se discute a "idolatria", momento no qual a inversão na finalidade da imagem, acaba alienando o homem. Conclui-se, então, a necessidade de uma crítica a imagem.

Crítica através de discursos lineares

A referida crítica é feita através de discursos lineares a partir do qual se caminha para uma crítica mais profunda através de códigos numéricos e cálculos. Surge então um novo meio de criação das imagens, algo que atinge o abstracionismo e o “nada” para então as imagens serem representadas e decodificadas nas suas reais circunstâncias e aplicações.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Copa e Internet


A abertura da Copa do Mundo provocou um recorde na internet. No início da tarde do dia 11 houve cerca de 12 milhões de visitas simultâneas a sites de notícias. Segundo a Akamai, empresa de gerenciamento de serviços de conteúdo na internet, desde a eleição do presidente americano Barack Obama não havia tantos acessos ao mesmo tempo à procura de um mesmo assunto. Quando Barack Obama venceu as eleições, aproximadamente 8,5 milhões de usuários se mobilizaram em busca dessa notícia na internet.
Apesar desse recorde mundial, dados revelam uma situação curiosa no Brasil. Segundo o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto Br (CEPTRO.BR), orgão reponsável pela administração da internet no país, durante o primeiro jogo do Brasil o tráfego na internet caiu mais de 70%. No dia 16 o tráfego na web brasileira caiu de 35 Gb/s para 12 Gb/s na hora do jogo, queda maior do que a ocorrida nos finais de semana.
Outra curiosidade que aconteceu no mesmo período foi uma razoável queda no acesso a e-mails e outros sites profissionais em empresas, o acesso a internet ficou restrito a mídias sociais, como o Twitter. Apenas depois das 18 h os números de acesso voltaram à normalidade.

Fonte: Idg Now

Vivo Expande Internet 3G


A maior empresa de telefonia móvel do Brasil pretende quadruplicar seu serviço de banda larga móvel em apenas 18 meses. A Vivo anunciou no dia 10/06 seu ambicioso plano de expansão: até o fim do ano de 2011 ela pretende estender seus serviços a 2.832 novas cidades.
Atualmente a tecnologia 3G da Vivo atinge cerca de 600 cidades em todo o país. Para conseguir sua meta será necessária a implantação da internet rápida em cerca de quatro municípios por dia. O investimento estimado para tal avanço é de aproximadamente 2,49 bilhões de reais. A Vivo garantiu também que o investimento não dará prioridade a regiões que tem maior potencial de lucratividade rápida.
Os planos serão oferecidos com descontos nas primeiras parcelas, no primeiro mês não será cobrado mais de R$ 30 reais e a partir do segundo os usuários pagarão R$ 59,90 reais pelo plano que comporta 250 MB. O fato é que, se sua meta de expansão for plenamente alcançada, teremos, então, um grande crescimento de usuários de serviços de internet rápida em todo país, e uma provável corrida de outras empresas em busca de consumidores nas localidades mais afastadas do Brasil.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Mouse Ocular: Inclusão para portadores de necessidades especiais

Sem dúvida, um assunto muito discutido na sociedade atual é a inclusão. Mas, vale salientar que o significado de inclusão é relativamente amplo. Assim, “o termo é utilizado para se referir às possibilidades de diferentes grupos usufruírem de recursos de informação” (Roberto Gimenez, 2006) como, por exemplo, o tema deste blog: a inclusão digital.

Nesse sentido, os deficientes físicos parecem estar excluídos de diversas áreas do nosso convívio, devido à debilidade de locomoção e à dependência a que se encontram. Porém, cada vez mais têm surgido profissionais que reconhecem a importância de incluir o portador de necessidades especiais como mais um agente transformador em nossa sociedade.

Após algum tempo de pesquisa, estudantes de Mecatrônica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFSul) renovam as expectativas quanto ao futuro de uma sociedade igualitária. Desenvolveram um protótipo que pode facilitar a inclusão digital: o mouse ocular. Trata-se de um software que permite aos portadores de necessidades especiais (tetraplégicos, distrofia muscular, doenças degenerativas) usarem o computador sem problemas.

Através de um par de óculos que substitui o mouse do computador, a dificuldade motora de mãos e braços deixa de ser um impedimento para que portadores de deficiência física tenham acesso ao mundo da informática. O aparelho é usado da seguinte forma: cabos semelhantes ao de um eletrocardiograma são instalados ao redor dos olhos do usuário, o piscar dos olhos equivalem ao clique de um mouse convencional e os movimentos dos olhos orientam o cursor do mouse.

A Universidade Federal de Manaus e a Fundação Desembargador Paulo Feitosa investiram seis anos no projeto que abre as portas do ciberespaço para essa parcela da sociedade, que, a princípio, parecia estar excluída dos novos rumos tecnológicos. Segundo o professor Márcio Bender, responsável pelo projeto, são boas as chances de comercialização dos óculos-mouse, pois trata-se de um equipamento de baixo custo e que atende às necessidades e limitações dos usuários.

Se o mundo mediado por computadores tem o objetivo de englobar e reunir todos em rede, sem impor qualquer barreira que os impeça de participar de maneira ativa na produção de conteúdo, vale lembrar que os deficientes também fazem parte desse todo. Com medidas cada vez mais criativas e inovadoras, incluir digitalmente essa parcela da população é contribuir para a supressão do analfabetismo digital.

Confira o vídeo abaixo:

Fonte: Baixaki

Colaboração: Hilla Santana

segunda-feira, 7 de junho de 2010

"Escolas Conectadas" (?)

"Quem mexe com internet/Fica bom em quase tudo/Quem tem computador/Nem precisa de estudo..." (Pato Fu, na música "Estudar Pra Quê?")

Até que ponto a internet nas escolas tem caráter educacional? Os alunos apenas utilizam a

ferramenta global para pesquisas e trabalhos solicitados pelos professores? Os professores são capacitados para auxiliar seus alunos no aprendizado digital?

De acordo com a matéria "Escolas conectadas", publicada no último dia 27 pelo jornal Tribuna da Bahia, no Brasil apenas 56% das unidades de ensino tem acesso à rede, sendo que a Bahia oferece internet para mais de 80% dos colégios estaduais, com promessa de conexão para todos os colégios até o final de 2010. O resto do país tem internet em apenas metade de suas escolas. Outro dado importante é que só 10% das bibliotecas brasileiras fornecem acesso à internet aos visitantes.

A assessoria de imprensa de Secretaria de Educação do Estado (SEC) declarou que a rede estadual receberá 495 laboratórios do Programa Nacional de Informática na Educação (Proinfo). Quase 10 mil computadores distribuídos na rede de ensino. Para garantir a conservação dos equipamentos, o Governo oferece capacitação aos professores, através do Instituto Anísio Teixeira.

Maria Helena Silveira Bonilla, em seu artigo Inclusão Digital nas Escolas, verifica que “as próprias escolas públicas enfrentam grandes dificuldades de ordem estrutural, pedagógica e tecnológica”. Poucos alunos têm acesso aos computadores em suas escolas e mais reduzido ainda é o número de professores que propõem atividades de aprendizagem articuladas diretamente com as Tecnologias da Informação e Comunicação - TIC. E ainda, "um professor 'excluído' digitalmente não terá a mínima condição de articular e argumentar no mundo virtual, e, por conseguinte, suas práticas não contemplarão as dinâmicas do ciberespaço".

Pesquisas confirmam que com o uso da internet os alunos compreendem melhor o assunto abordado. São postos em segundo plano os cadernos e o velho quadro. Bastam apenas alguns segundos até que todos estejam informados sobre os acontecimentos do mundo inteiro. Aí, a grande diferença é que aprender se torna atrativo. Os alunos, além de terem contato com a tecnologia, se preparam para as demandas atuais da sociedade. Nesse sentido, a inclusão digital tem sido um ganho significativo para a arte de educar.

Oficina Para Inclusão Digital

Desde 2001, a oficina é realizada em diversas cidades do Brasil, com o objetivo de discutir temas como inclusão digital e desenvolvimento social e econômico correlacionado com as novas tecnologias. Este ano será realizada a nona edição do evento, que acontecerá entre os dias 22 e 24 de junho em Brasília. Participarão do evento monitores de telecentros, representantes de ONGs, gestores de projetos da área, tanto governamentais como privados e estudiosos do tema.
A oficina, organizada pela Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão (SLTI/MP) e pelo Comitê Técnico de Inclusão Digital do Governo Federal, será composta por painéis, debates e oficinas práticas. Entre os temas debatidos estão: o Programa Nacional de Apoio à Inclusão Digital nas Comunidades (Telecentros.BR), a Rede Nacional de Formação para Inclusão Digital e um histórico dos avanços da inclusão digital no país nos últimos anos.
O objetivo é que, ao longo dos três dias, possam surgir novas propostas de políticas públicas e diretrizes para o acesso às novas tecnologias digitais.

Saiba mais aqui

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Inclusão Digital, Inclusão Cultural

Através de mecanismos tecnológicos a possível visitação virtual a um museu foi uma curiosa iniciativa promovida pela ERA Virual - Exposições Virtuais de Museus Brasileiros.
Aplicativos em 3D possibilitam a visão minuciosa dos acervos culturais da história de nosso país.
A imagem vista na tela de seu computador é a de como um observador real com uma visão de 360º graus de qualquer ponto do prédio do museu. Em muitos casos é possível girar o objeto para vê-lo de todos os ângulos. Durante o passeio, o internauta é conduzido pela voz de um guia - turístico, que transmite informações do lugar. Existem outros esclarecimentos a respeito de como navegar no site.

O projeto tem como objetivos:

* Difundir acervos únicos presentes nos museus participantes e ampliar o alcance sócio-cultural-turístico de cada um destes museus e exposições;

* Democratizar o acesso a informação ao possibilitar que as exposições virtuais sejam acessadas por qualquer computador por meio de endereço da web de acesso público e gratuito;

* Criar produto cultural de qualidade que pode ser adotado como material didático para utilização online gratuita em escolas e instituições culturais, assim como material de pesquisa e estudo nas áreas de museologia e museografia, conservação e segurança de acervos.


O fato é que muito se restringiu passeios culturais à falta de acessibilidade ou à precária divulgação de certos eventos. Nós brasileiros não somos acostumados a visitar um teatro ou uma exposição motivados por um apreço cultural. Agora, essas novas tecnologias têm aberto portas para um crescimento culto jamais programado. A possibilidade de visitar um museu em Goiás ou em Santa Catarina sem nunca ter conhecido a tal cidade que comporta o referido lugar é de tirar o fôlego. Resta saber se os impasses de um crescimento culto de nossa sociedade
ainda prevalecerá diante de iniciativas como essas.

domingo, 30 de maio de 2010

Eleições, Novas Mídias e Inclusão Digital

Estamos vivendo uma época de transições e desafios, muitos deles impostos pela tecnologia e os novos meios de comunicação. O que promete marcar esse evento social de forma intensa é o uso das novas plataformas eletrônicas nas campanhas eleitorais deste ano no Brasil. Há algum tempo vem surgindo debates e hipóteses acerca do impacto do uso do twitter e de blogs para campanhas eleitorais na sociedade brasileira. O uso ético, o contato mais direto com o eleitor, o grande alcance desses meios, o acesso a eleitores jovens tem sido temas constantes nesses debates, e, dentro dessa miscelânia, se destaca a relação entre a inclusão digital e esse momento social. Encontrei uma reportagem interessante do Diário de Pernambuco, escrita por Lydia Barros, que expõe a opinião do fundador da primeira ONG de combate a exclusão digital na América Latina, o cientista social carioca Rodrigo Baggio.
Veja a reportagem em: Diário de Pernambuco.

Microsoft Apoia Inclusão no Rio

Na terça-feira passada, o governo do Rio de Janeiro e o chefe de operações globais da Microsoft, Kevin Turner, assinaram um memorando de intenções para a inclusão digital no estado. A empresa fornecerá treinamento para monitores, softwares e serviços de internet para ONGs do Estado do Rio. Na primeira fase, o projeto pretende beneficiar 600 famílias e 600 mil alunos de escolas públicas, em lugares como o Morro do Alemão e Manguinhos.
Apesar da Microsoft não revelar a quantia que será destinada a primeira etapa do projeto nem a data do início da implantação, ela comunica que, além de fornecer toda a tecnologia e conteúdo necessários para a capacitação de estudantes e funcionários, também irá oferecer curso de inglês básico pela web aos participantes. O governo será responsável por toda infraestrutura que será utilizada no projeto.


Fonte: TI INSIDE.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

A Inclusão de Jornalistas na WEB


Esta semana está sendo realizado o curso Novas Tecnologias Aplicadas à Comunicação na FTC, com aulas ministradas pelo professor Alberto Oliveira. Um curso voltado para profissionais da área, promovido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Bahia (Sinjorba).
A discussão que traremos ao blog é o fato de estar cada vez mais evidente o deslocamento da comunicação de mídias de rádio, tv, jornais e revistas para redes interativas da Web.
Não vamos ser apocalípticos e afirmar que, com a abrangência proporcionada pela internet, ocorrerá a morte desses meios. Isso não é verdade.
Esses meios têm se adaptado a uma nova linguagem, e alcançado um outro tipo de esfera. Muitas vezes, é com base em informações da internet que programações são feitas no rádio e na televisão. Ou, podemos destacar o fato de que com o estilo de vida cada vez mais corrido, as pessoas não tem esperado até determinado horário para ligar a TV e se interar das notícias do dia. Aliás, os espectadores já têm alguma carga de informação a respeito das notícias que são dadas.
Houve tentativas de criar jornais, ou, pelo menos, de difundir informação jornalística, através do videotexto, do teletexto, do audiotexto, do jornal por fax e do jornal em CD-ROM. Contudo, a internet abre espaço para uma maior interatividade jamais vista.
Sendo assim, para os jornalistas surge a necessidade de descobrir as características da linguagem do novo meio e de adaptação do discurso jornalístico a essa nova realidade.
Cada vez mais, os jornalistas precisam se interar e dominar produções para a web (formatação de texto, estrutura do texto, o título na web, o uso de imagens, a utilização de multimídias, interatividade, como filmar para a web, como criar e divulgar podcast) e utilizar ferramentas que enriqueçam seu trabalho na rede (como usar programas de edição de vídeo, Photoshop, os principais comandos de HTML, sistemas gratuitos na web - incluindo clipagem-), enfim.
Isso mais uma vez colocará em questão o fato do diploma de jornalistas. A comentada questão de qualidade e credibilidade de informação. Mas por hora, não entraremos nessa abordagem.


Mais informações sobre o curso no site do Sinjorba (aqui e aqui)

quarta-feira, 26 de maio de 2010

A realidade da Web no Brasil

Em 2004, o Ibobe apontou o brasileiro como o povo que pagava mais caro para ter um computador. Uma pesquisa realizada em 2008 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que no Brasil há 56 milhões de usuários da internet e, este ano, Presenciamos pela primeira vez, em três anos, mais brasileiros acessando a internet em casa do que em lan houses. Isso foi o que conclui a 5ª edição da TIC Domicílios (Pesquisa Sobre Uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação no Brasil), do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), divulgada em abril deste ano.
Em 2005, após a análise de 14 projetos implantados em Salvador, Leonardo Costa e André Lemos constataram a predominância do conceito de inclusão a partir apenas da dimensão tecnológica, "não colocando em valor os capitais intelectual, social e cultural". "Estar inserido digitalmente hoje é condição fundamental para a existência de cidadãos plenos na interação com esse mundo da informação e da comunicação. Porém a maioria das pessoas vive numa realidade com um grande número de desigualdades e miséria, e a inclusão digital não pode perder isto de vista, buscando, ao menos, o desenvolvimento do indivíduo no binômio da inclusão digital e social". (Leonardo Costa, 2006)
No trecho acima estão implícitas as dificuldades de quem não tem acesso à internet. Inclusive para se conseguir empregos, porque hoje muitas vagas são divulgadas pela rede. Se a pessoa não está conectada, possivelmente perderá a oportunidade. Esta é, entretanto, a realidade para mais de 104 milhões de brasileiros que ainda não tem acesso a um computador, segundo o IBGE.
A exclusão econômica pode acarretar exclusão digital. No entanto, não podemos pôr em pauta apenas as dimensões tecnológicas e econômicas, visto que não basta o acesso às tecnologias e a conexão. A infoinclusão é um desafio que exige mudanças que vão além de saber digitar num teclado ou dominar um software de navegação na Internet. Nesse sentido, precisamos enxergar na educação (para o uso das tecnologias), na geração de conteúdo consciente, na mobilização da coletividade por espaços públicos para acesso à Internet, os caminhos para efetivar esse processo.

Veja mais aqui e aqui.

Internet nas empresas brasileiras


Em sua 5ª edição, a pesquisa TIC Empresas, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), revelou que atualmente 97% das companhias nacionais utilizam computadores, sendo que 93% conectados à rede. As máquinas estão em praticamente todas as empresas brasileiras. Mas, apenas 38% dos funcionários das organizações navegam na internet.

Em entrevista ao site ItWeb, Alexandre Barbosa, gerente do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC.br), ressaltou que "a baixa penetração da internet para os funcionários das companhias reflete funções nas quais a web não se faz necessária, como operações de chão de fábrica, por exemplo".

Cada vez mais presente

"Segundo o estudo do CGI.br, atualmente, 25% das companhias com computador disponibilizam o acesso remoto a sistemas corporativos. Na edição de 2008 da pesquisa, o percentual era de 21%. O crescimento de 4% nesse tipo de postura mostra-se cada vez mais presente entre as companhias consideradas de médio porte. A expansão entre as grandes, no mesmo período, foi de 4 pontos porcentuais e, entre as pequenas, 2 pontos porcentuais. Os segmentos fecharam 2009, respectivamente, com 62% e 20%, das empresas permitindo o acesso remoto".

Essa apropriação das "novas ferramentas" pelas empresas mostra que para o ingresso na Sociedade da Informação, cujo desafio atual é incluir as pessoas e organizações em redes, o profissional tem que adaptar-se às imposições das "tendências tecnológicas globais".


Fonte: ItWeb

Plano Nacional de Banda Larga Depende da Anatel para Sair

Ainda não foi decidido quais municípios serão beneficiados pelo Plano Nacional de Banda Larga (mais aqui) divulgado pelo governo no início deste mês. O plano tem por objetivo oferecer as classes C e D acesso à internet de alta velocidade à preços módicos.
O presidente da Telebrás, Rogério Santana, informou que a prioridade para o plano são os municípios onde as atuais prestadoras desse serviço não atingem certos graus de qualidade. Porém só se poderá dar início a escolha das localidades privilegiadas após a Agência Nacional de Telecomunicações) Anatel definir uma padronização de qualidade a ser seguida pelas prestadoras.
Foi divulgado também que as principais características do plano são: a)oferecer o serviço as cidades que não contam com internet de banda larga e b)minimizar os custos para aquelas regiões em que há o serviço, construindo uma estrutura alternativa para o acesso à internet de banda larga, a fim de suprir essas necessidades.

Fonte:Portal Inclusão Digital.gov

quinta-feira, 20 de maio de 2010

A tecnologia e a Internet como instrumentos de mobilização social


O "Ficha Limpa" foi aprovado ontem pelo Senado. O projeto, que impede a candidatura de pessoas que tiverem sido condenados por decisão colegiada (mais de um juiz), espera agora a assinatura do presidente Lula e, segundo a OAB, não há motivo para a lei, se aprovada, não valer já para as eleições deste ano, uma vez que não modifica o processo eleitoral brasileiro.

Aparentemente, essa notícia não está diretamente ligada ao processo de mobilização social. Parece mais uma dessas decisões tomadas pelas elites políticas e inúmeras empresas privadas, que desconsideram as visões e valores de pessoas no mundo. Mas não é. Dessa vez, o Brasil mostrou, ainda que através do ciberativismo, que sua postura ativista apenas estava adormecida. A campanha "Ficha Limpa" é uma iniciativa da Avaaz (“voz” em várias línguas asiáticas e européias), maior rede de mobilização online do mundo. Assim, presenciamos a ascensão de um modelo de democracia participativa, guiado pela sociedade civil através da Internet, que aliada à tecnologia permitiu que os cidadãos se conectassem e se mobilizassem.

Vale ressaltar que campanha passou por vários estágios, desde a mobilização inicial até a aprovação pelo Senado, e a população assinou todas as petições. Houve quem se posicionasse contra, a exemplo dos deputados baianos José Rocha (PR), Marcelo Guimarães Filho (PMDB), Maurício Trindade (PR) ,Veloso (PMDB).

Sem dúvida, esse acontecimento além de representar um importante passo na moralização política do nosso país, deixa clara a importância do uso consciente da Internet, bem como a primordialidade da inclusão digital como instrumento de inserção/inclusão social. Não cabendo tratar em linhas distintas os moviemntos de exclusão social e de exclusão digital.

Mais no site do Avaaz e no Diário Catarinense.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Resenha da aula 06/05/2010 – Fernando Firmino

Na visita anterior (dia 08/04), sob o tema “Jornalismo e Internet”, o professor Fernando Firmino trouxe o conceito de “nuvem de conteúdo” (formada pelas tecnologias 3G, Wi-Fi, Bluetooth...) e listou alguns dispositivos de operação (celulares, netbooks, câmeras, smartphones...), que propiciam a disseminação rápida de conteúdos e, com isso, possibilitam a socialização de conhecimento em rede. O compartilhamento foi apontado por ele como “uma das melhores coisas da Web”. Em relação ao acesso, ele ressaltou a importância da tão citada “inclusão”, pois, segundo ele, não adianta o domínio dos dispositivos sem que haja conexão.

No dia 06/05, completou o ciclo falando de “Jornalismo e Mobilidade”, uma modalidade que, embora antes experienciada, começou a ganhar força, segundo ele, em 2007, através da “popularização” (e as aspas são justificáveis, visto que um apequena parcela gozam destes recursos) de ferramentas como o ifone, as tecnologias 3G e, mais recentemente, 4G. Discutiu as potencialidades e implicações do jornalismo e mobilidade como categoria sob a perspectiva do jornalismo móvel e do jornalismo locativo.

A potencialização dos recursos, proporcionadas pelo jornalismo móvel, reconfigura a rotina jornalística, uma vez que é possível, com apenas um aplicativo, fazer toda a edição de uma reportagem: “As tecnologias móveis digitais em redes sem fio e as tecnologias baseadas em localização penetram cada vez mais no ambiente jornalístico e formatam novas práticas comunicacionais.” (Fernando Firmino)

Firmino discorreu sobre como as tecnologias foram introduzidas ao longo do tempo e, como as empresas montam a infraestrutura necessária para o desenvolvimento do trabalho. Nesse sentido, ponderou que boa parte dos profissionais da área apresenta resistência às novas formas do fazer jornalístico, alegando aumento do trabalho, ou exploração. Contudo, a mudança de perfil é inevitável, como sinalizou André Lemos: “A mobilidade é central na Comunicação”. É o futuro mais presente.

Acesse os blogs Jornalismo Móvel e Carnet de Notes, de Fernando Firmino e André Lemos, respectivamente.

Resenha da aula 04/05/2010 – Thiago Falcão

Na terça-feira (04/05), recebemos Thiago Falcão, aluno de doutorado da linha de cibercultura do Póscom da UFBA, que introduziu o conceito de “Mundos Virtuais”. Com foco nos aspectos interacionais e psicossociais, situou a questão entre as práticas centrais à Cibercultura, visto que cada vez mais pessoas saem do “off-line” para o contexto mediado. Cada vez mais pessoas se envolvem com os jogos eletrônicos. E essas experiências sustentadas por tecnologias digitais usam o mundo real como plataforma, originando os “Mundos Virtuais”.

Segundo Falcão, um mundo virtual é um ambiente simulado através de recursos computacionais destinado a ser habitado e a permitir a interacção dos seus usuários via avatares. Normalmente são criados ambientes imersivos, ou realidades virtuais paralelas. Como exemplos de mundos virtuais temos o Second Life e também os jogos de MMORPG (“Jogos Online Massivos para Múltiplos Jogadores”), como o World of Warcraft, um jogo on-line, de ação e aventura, que é o objeto de estudo de Thiago Falcão.

Ele descreveu como “mundos virtuais” os:

· Mundos de Texto: Literatura adaptada para o cinema. Consequências: aumento da quantidade de produtos enfocando um mesmo mundo. Ex.: Harry Potter, Star Wars, Senhor dos Aneis (ARDA), Matrix. Pode haver “transmídia” (quando histórias diferentes aludem a um mesmo “mundo imaginário”).

· Mundos de Fantasia Compartilhada: apropriação da obra pelo apreciador, que, por vezes, remete às relações de autoria, pois os fãs de determinadas narrativas de apropriam das mesmas. Ex: Os RPGs (que borram as relações autorais).

· Mundos de Código: socialmente orientado, sem regras muito explícitas. Voltado para a convivência entre pares. Ex: Second Life, MMORPG.

Nesse contexto, Falcão problematizou o debate através dos seguintes conceitos:

a) Persistência: o estado de seus objetos se preservam independente da presença do usuário.

b) Imersão: experiência ao acessar. Ex: envolvimento com um filme.

c) Agência (“livre arbítrio”): o caminho escolhido pelo jogador. Ex: poder sobre uma personagem, a partir, claro, de caminhos pré-moldados.

d) Presença (contém os conceitos de “Imersão” e de “Agência”): é o que o sistema oferece ao usuário, um mundo habitável. Ex: a possibilidade de fazer amigos dentro do jogo, fazer parte de uma organização, pois lida com pessoas.

Esse último ponto, sobre a sensação de ter amigos, remete à questão psicológica, que deve ser debatida. A natureza dos jogos deixa as pessoas totalmente envolvidas na ação de seus personagens. Pela interação com outros jogadores podemos notar o envolvimento até mesmo emocional entre as pessoas que jogam, laços de amizade e de amor entre os personagens que podem ser recriados na vida real. Um exemplo que ilustra o tráfego dos usuários por essa realidade é a naturalização de termos que antes eram utilizados apenas dentro do jogo, através de acrônimos. Ex: LOL (Laughing out loud) - "rindo muito", AFK (Away from keyboard) - "não estou aqui".

Pensando sobre as modificações das relações comunicacionais promovidas por estes jogos, fica um questinamento lançado pelo professor e pesquisador Luiz Adolfo de Andrade: “que avanços estes jogos podem trazer para o campo da comunicação social e como este tipo de game design pode interferir no mundo real, reconfigurando nossa vida cotidiana”?

Leia mais no blog Realidade Sintética.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Estatal com pendências judiciais será gestora do PNBL

O Governo reabilitou a Telebrás, através da integração a seu patrimônio da empresa Eletronet, subsidiária da Eletrobrás e das redes e demais infraestruturas de fibras óticas da Petrobrás, deixando sob sua responsabilidade o Plano Nacional de Banda Larga.

A reativação da estatal, além de gerar polêmica entre executivos do setor de telefonia, para os quais as empresas privadas têm condições de liderar o Plano Nacional (e a competição em bases desiguais de uma estatal poderia desestimular investimentos pela indústria), ainda foi alvo de duras críticas pelo fato da companhia apresentar pendências judiciais. A ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, acredita que a pendência judicial que ronda o Plano Nacional de Banda Larga, - relacionada às fibras ópticas apagadas da Eletrobrás, que se encontravam em poder da Eletronet - será resolvida após o processo de falência da Eletronet. Segundo a ministra, o Governo possui liminar favorável à romatada desses ativos em poder da Eletronet, razão pela qual, explica Erenice Guerra, não foram vistos motivos para não deixar de inserir todas as fibras que foram devolvidas à Eletrobrás por decisão judicial.

Atualmente apenas 21% dos domicílios, ou 5,3 a cada 100 brasileiros, possuem acesso ao serviço de banda larga. "O desenvolvimento brasileiro só será efetivo com a inclusão digital. A inclusão digital deve ser programada como um projeto de inclusão social", afirmou a ministra.

Neste ano, a rede terá extesão de 11, 3 mil quilômetros, utilizando os chamados anéis do Sudeste e Nordeste. Até 2014, a rede chegará a 30 mil quilômetros. Essas regiões serão priorizadas por já contarem com anéis de fibra ótica necessários para a implemetação da banda larga. Entre os primeiros contemplados estão: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Brasília. Seguidos pelo litoral da Bahia até o Tocantins e por Ceará, Sergipe, Pernambuco. Roraima ficou de fora porque não possui rede de fibras óticas. No entanto, o Governo afirma que vai incluir o estado no PNBL.

Plano visa triplicar acesso à Banda Larga no Brasil

Nesta quarta feira o governo divulgou o Plano Nacional de Banda Larga que visa principalmente o acesso a internet de banda larga às classes C e D. Com preços populares e gerenciado pela Telebrás, o plano tem como objetivo ampliar de 12 milhões de usuários de banda larga nos dias atuais para 39 milhões em 2012.
Cezar Alvarez, coordenador do projeto, afirma que ainda este ano pelo menos cem municípios serão privilegiados pelo plano. A reativação da Telebrás faz parte do plano para gerenciar o serviço que, segundo o Governo, não terá tarifa acima de R$35 e que pretende também ter quase o dobro da velocidade de banda larga dos serviços atuais.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Analfabetismo Digital e Futuro da Educação



O vídeo acima lança a questão: até que ponto é possível afirmar que há uma inclusão digital no Brasil? E se considerarmos que muitos usuários usam a rede somente para o envio e recebimento de e-mails? Isso é inclusão digital?
Em seu artigo, a Professora
Denise Correa Araujo, PhD em Literatura, propõe um analogia com o número de analfabetos no mundo: "É analfabeto apenas quem não sabe lê ou escrever, ou também quem lê e não entende?" Para ela, o mesmo se passa na rede, porque quem não sabe se expressar verbalmente não conseguirá fazê-lo na rede. Nesse sentido, será que a rede vai democratizar a sociedade? Promover a igualdade? O fato é que, atualmente, estar incluso digitalmente está para além de enviar e-mails. As pessoas usam a Internet para tornar suas vidas mais simples, através de telefonia móvel, wi-fis, lan-houses (e tudo que está contido no que Araujo chama "hipertrópole digital"- uma mega metrópole virtualizada). Porém, essa é a realidade de apenas, segundo o Ibope, 34,5 milhões de pessoas, sendo que 12 milhões dos domicílios do País (ou 21%) têm banda larga, de acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações.

Paulo Coelho transforma toda sua obra em e-books



De olho na onda virtual, o best seller Paulo Coelho foi o primeiro autor brasileiro a transformar toda a sua obra em e-books (livros em formato digital) e colocá-la à venda na Amazon. Na entrevista abaixo (leia na íntegra no Portal Exame), Coelho fala sobre o avanço das obras e dispositivos de leitura em formato digital, e prevê que os celulares darão novo fôlego à literatura. Entretanto, considera a dificuldade de incluir uma parcela significativa da população brasileira nessa realidade.

Você foi um dos primeiros escritores a oferecer suas obras em formato digital. Por quê?
Paulo Coelho:
Porque o universo de leitura está se ampliando para além dos livros. Hoje em dia, com Twitter, Facebook e meu blog, estou diariamente escrevendo, única e exclusivamente por prazer, para este tipo de plataforma. O e-book é apenas um suporte diferente para o formato clássico.
Acredita que os e-books podem ajudar a conquistar novos leitores? Ou mais: a aumentar o índice de leitura num país como o Brasil?
P.C.
: Não, porque o suporte custa caro. O que eventualmente poderá ajudar a conquistar leitores, mas leitores de um outro tipo de texto, será o telefone celular. O escritor do futuro será capaz de escrever Guerra e Paz em dez páginas.
É possível pensar no fim das livrarias?
P.C.:
O que mais me preocupa são as livrarias. Não há nada melhor que uma livraria: convívio, atmosfera, possibilidade de encontros interessantes. Mas também, há alguns anos, o mercado nota uma nova tendência: em todos os países as grandes cadeias estão tomando o lugar das livrarias independentes. De qualquer maneira, tenho certeza de que as livrarias continuarão existindo, como um lugar de culto, de respeito.
Há alguma diferença entre escrever para o papel e para o livro digital?
P.C.:
Existe uma grande diferença entre escrever para uma plataforma digital, como um blog, e para um livro. São duas linguagens que não combinam. Mas a única diferença que existe entre o papel e o digital é o suporte para leitura.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Curta-metragem Indígenas Digitais



No último dia 19, comemorando o Dia Nacional do Índio foi lançado o curta-metragem Indígenas Digitais no Oi Futuro, em Ipanema (RJ). O documentário retrata como indígenas de várias etnias estão utilizando a tecnologia para troca de informação e aprendizado. Resultado da parceria da ONG Thydewá com a Cardim Projetos, o filme conta com o patrocínio da Oi e apoio do Oi Futuro, através do Programa Oi de Patrocínios Culturais Incentivados e do Programa Estadual de Incentivo ao Patrocínio Cultural do Governo da Bahia, o Fazcultura. Resultado da parceria da ONG Thydewá com a Cardim Projetos, o filme mostra integrantes de várias nações indígenas, como a Tupinambá (BA), a Pataxó Hahahãe (BA) e a Pankararu (PE), relatam como celulares, câmeras fotográficas, filmadoras, computadores e, principalmente, a internet vêm sendo ferramentas importantes na busca das melhorias para as comunidades indígenas e nas relações destas com o mundo globalizado.

Confira o projeto no site do curta.


Fonte: MSaqui
Mais no MSN Notícias

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Colaboração com o Projeto Todo Mundo Pode Mais até 30 de abril

O Comitê para Democratização da Informática (CDI) é o relaizador do projeto Todo Mundo Pode Mais, que visa ampliar a inclusão social de crianças, jovens e adultos carentes de Santa Catarina. O objetivo do projeto é que mil pessoas sejam incluídas digitalmente no ano de 2010. Além de convocar voluntários que possam ministrar os diversos cursos e orientar o acesso aos serviços de internet e de softwares e aplicativos para a comunidade, o projeto disponiblizará um espaço em que é possível acessar gratuitamente a internet e suas ferramentas e aplicativos, softwares de escritório, além de participar de cursos de informática básica e avançada que contemplem discussões sobre cidadania, visando à participação e transformação individual e social.

Empresário e interessados podem colaborar com os recursos necessários para a campanha "Todo Mundo Pode Mais" até o dia 30 de abril de 2010.

Fontes: CDI na Mídia
Leia sobre o projeto Todo Mundo Pode Mais.

domingo, 18 de abril de 2010

Conhecer também é preciso


Eis um questionamento pertinente ao tema Inclusão Digital. Até que ponto a população está relamente esclarecida quanto a isso?

A reportagem descontraída da equipe Plágio do canal SESI nos traz uma reflexão sobre o quanto as organizações governamentais tem se preocupado com o desenvolvimento de sua população. É fato que muitos políticos enchem a boca para falar de projetos de inclusão digital, que culminará em um grande acesso à população independente de suas classes sociais. Enquanto discutíamos isso em equipe, nossa colega Sara sabiamente soltou uma frase no mínimo interessante:

“É fato que muitos tem direito, mas não sabem o que é. Tem o acesso, mas não sabem usar.”

E isso é comprovado no vídeo acima. Percebam que, muitos se referem à “inclusão digital” como um aparelho celular, e de fato, é verdade pois o telefone celular é um instrumento de inclusão digital. Contudo, é necessário irmos mais fundo, e levarmos a sério essa acessibilidade que dá direito a todos.

O governo em sua tentativa de fazer valer a pena seu discurso democrático oferce alguns programas de inclusão digital, como por exemplo a Açao Digital Nordeste, que tem como objetivo fortalecer institucionalmente pequenas organizações não-governamentais do Nordeste brasileiro, através da provisão de equipamentos, capacitação em informática e tecnologias de informação e comunicação, além de conexão à Internet.

Com isso, fica claro que não basta ter acessibilidade aos aparatos digitais, é necessário que se tenha também o acesso ao conhecimento dessas novas tecnologias.

sábado, 17 de abril de 2010

Inclusão Digital em Presídios


O site alagoasemtemporeal.com divulgou essa semana uma iniciativa do Sesi em parceria com a Intendência Geral do Sistema Penitenciário (Igesp) de Alagoas que visa o incentivo a leitura e a inclusão digital dos presos. Segundo o site será implantado um centro muiltimídia que contará com a presença de dez computadores e monitores capacitados além de uma pequena biblioteca no presídio. O projeto Indústria do Conhecimento segundo sua gestora em Alagoas Sílvia Braga tem auxiliado a elevar os números de novos leitores e inclusos digitais em todo o país. Inicialmente o projeto foi implantado em outros municípios da região e dentro de noventa dias estará em funcionamento dentro de um complexo presidiário. Essa iniciativa visa a ressocialização e capacitação dos presos, parece ser uma iniciativa pioneira por aqui, esperamos que se espalhe por outros presídios do país.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Plano Nacional de Banda Larga não está no PAC 2

O Plano Nacional de Banda Larga, cuja discussão se arrasta desde 2009 por falta de consenso sobre suas linhas gerais, ficou de fora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2. Porém, analistas dizem que essa ausência não mudará as diretrizes da discussão. Enquanto isso, a Câmara do Deputados debate pendências do projeto. Um dos principais impedimentos para a criação do Plano é a diferença de opiniões dentro do próprio Governo. Se, por um lado, o Ministério do Planejamento defende a recriação da Telebrás, por outro, o Ministério das Comunicações apoia a participação das operadoras. Se o Governo cogita a possibilidade de criar uma estatal no setor, não está clara a razão pela qual optou pela complicada Telebrás. Após a conclusão, prevista para até o final do mês de abril, o Plano voltará para o presidente Lula, a fim de que seja aprovado. Há muitas opiniões controversas acerca da iniciativa, mas, o único acordo é a execução ficará por conta do próximo presidente da República.

Dia da Inclusão Digital

A partir dos anos 90, o problema da exclusão digital ganhou visibilidade na mídia e motivou muitas iniciativas no sentido de minorar seus efeitos. Nesse contexto, o CDI (Comitê para Democratização da Informática) criou, em 2001, o Dia da Inclusão Digital, marcado para o último sábado do mês de março. Na semana da Infoinclusão, o CDI leva as novas tecnologias da informação e comunicação a espaços públicos, disponibilizando acesso à internet em um ato simbólico de democratização da informática. Apesar de tímida, tendo em vista todos os problemas que envolvem essa questão, a iniciativa brasileira, tornou-se de domínio público e hoje, o Dia da Inclusão Digital é celebrado em vários países. A data agora faz parte da Agenda Brasileira, compondo o Calendário Promocional do país. E este ano, contou com diversos eventos no Amazonas, no Rio de Janeiro, cujo Centro de Tecnologia da Informação do Estado do RJ (PRODERJ) disponobilizou internet gratuitamente. O fato a ser lamentado é que os "incluídos" voltaram à realidade.